quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O Deus da Vitória


"Você, porém, ó Israel, meu servo, Jacó, a quem escolhi, vocês, descendentes de Abraão, meu amigo, eu os tirei dos confins da terra, de seus recantos mais distantes eu os chamei. Eu disse: "Você é meu servo"; eu o escolhi e não o rejeitei. Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; Eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa. "Todos os que o odeiam certamente serão humilhados e constrangidos; aqueles que se opõem a você serão como nada e perecerão. Embora procure os seus inimigos, você não os encontrará. Os que guerreiam contra você serão reduzidos a nada. Pois eu sou o Senhor, o seu Deus, que o segura pela mão direita e lhe diz: Não tema; eu o ajudarei. Não tenha medo, ó verme Jacó, ó pequeno Israel, pois eu mesmo o ajudarei", declara o Senhor, seu Redentor, o Santo de Israel.



Todos vivem momentos nos quais as forças parecem acabar. Depressão, angústia e um sentimento de desespero são a realidade de muitos cristãos. Não é difícil encontrar pessoas que, mesmo sem admitir, desejariam a morte. Não devemos julgá-los. O grande Elias passou por isso. Paulo declara por momentos ter desesperado da própria vida. Pedro abandonou tudo e voltou a pescar.



Esse sentimento é natural. Estamos em constante batalha contra as forças do maligno. Satanás com astúcia, reforça aos nossos olhos nossas falhas e dificuldades a fim de nos derrotar pela desistência. Não podemos permitir que o exército do Senhor seja destruído por tão ardilosa mentira.

Jesus na cruz triunfou sobre "principados e potestades" em clara alusão às forças do maligno. No calvário ele teve vitória total e irrevogável. o diabo sabe que seus dias estão contados e agora se volta contra nós a fim de levar o maior número de almas com ele para a perdição. Sua ira se manifesta sobre o povo de Deus e a grande tribulação descrita no apocalipse é o ápice simbólico dessa batalha. Mesmo os martirizados são vitoriosos pois o a história não se resume a esse mundo.

A mensagem para os cristãos é que Deus jamais se esquece de nós. Ele é fiel a sua aliança e não permite que o desespero triunfe. Nos piores momentos ele nos toma pela mão e faz com que desapareçam todos os nossos inimigos. Jesus venceu e nos dá a vitória junto com ele. Não desista! aqueles que confiam em Deus sabem que nada é impossível para aquele que crê. A montanha que tanto te assusta não passa de um punhado de terra para o nosso poderoso Deus.

Em Cristo

Silvio Barbosa

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Escola Bíblica

Nas igrejas de hoje, a importância da Escola Bíblica Dominical tem sido questionada. Uma redução drástica no número de participantes pode ser facilmente comprovada em conversa com os líderes de muitas igrejas. Algumas ainda contam com um bom número bruto de participantes, mas proporcionalmente ao número de frequentadores dos cultos ainda é um número baixo.  

Teria o modelo se esgotado? 

 
Antes de mais nada, deixe-me dizer que a Escola Bíblica Dominical nos moldes de hoje é uma instituição humana. Abençoou e abençoa muitas vidas, mas não está determinada ou normatizada nas escrituras. Já teve cunho evangelístico, como na época de Moody, mas hoje tem um perfil mais de discipulado, concorrendo com pequenos grupos ou células como espaço menor para troca de informações e debates. A ordem bíblica é que exista um espaço para discipulado seja este qual for, mas acredito que uma renovação na Escola Bíblica pode ser muito benéfica para a Igreja. 

Podemos questionar o horário, que realmente é complicado para quem tenta aproveitar o sábado ao máximo, no entanto existem muitas pessoas que naturalmente acordam cedo no domingo. Há a necessidade de encontrar estas pessoas, motivando-as a buscar um conhecimento mais profundo das escrituras ou mesmo um conhecimento inicial em classes mais evangelísticas. 

Precisamos capacitar os professores de forma continuada, garantindo excelência no ensino e um aproveitamento total por parte dos alunos. Nada pode ser mais desestimulante do que um professor que transforma a melhor notícia do mundo em algo enfadonho e chato. 

Devemos atualizar nossos materiais didáticos. Não existe forma de mantermos viva a Escola Bíblica Dominical com livros-texto de 10 anos atrás. Os dilemas mudaram, a abordagem mudou, a palavra continua a mesma, mas a forma de transmiti-la precisa ser alterada. 

Não podemos subestimar nossos alunos. Boa teologia, conteúdos aprofundados e atualizados podem e devem ser introduzidos na aula. Lembre-se que o participante da EBD tem acesso a inúmeros recursos e fontes de ensino, exigir que ele compareça para ouvir o que já sabe não surtirá efeito algum. 

Estas são algumas dicas para revitalizar a Escola Bíblica Dominical... o resto é trabalho sob a inspiração do Espírito Santo, esperando em Deus o crescimento da frequência e da maturidade dos participantes. 

Em Cristo

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Centralidade de Cristo

É fato atestado por pesquisas que a maioria das pessoas crê em Deus ou em deuses. Tiago em sua carta chega a afirmar que até mesmo o diabo crê em Deus e “treme”.  Biblicamente o simples fato de acreditar em uma divindade e tentar agradá-la não nos torna aceitáveis, ou em outras palavras, não nos proporciona uma vaga no céu.

A Cristologia (ou estudo sobre Cristo) nos ajuda a realmente compreender a fé dos primeiros cristãos e por que realmente estavam em oposição à situação religiosa vigente. Oscar Culmann, em sua Cristologia do Novo Testamento, pontua que historiadores e teólogos:

“Começam por expor suas ideias sobre Deus, e não mencionam, a não ser em segundo lugar, suas convicções cristológicas. (...) É tentador adotar esta ordem uma vez que ela é seguida pelas posteriores confissões de fé. Em consequência disso, se crê que a Igreja Primitiva se interessou em primeiro lugar por Deus, e só em segundo lugar por Cristo. Na realidade não é assim. A extensão desigual dos dois artigos, por si só, bastaria para pôr o fato em evidência. Por outro lado, pode-se demonstrar que a ordem trinitária das confissões de fé posteriores: Deus, Cristo, Espírito Santo era desconhecida para as fórmulas mais antigas que resumem a fé cristã. Estas apresentam uma tendência exclusivamente cristológica.”

Pedro em Atos afirma que não existe nenhum outro nome capaz de salvar. Em uma controvérsia com judaizantes, Paulo mostra que deve anunciar Jesus, pois Moisés já era pregado nas sinagogas e mesmo em sua conversão quem se manifesta a ele é o Cristo perseguido. Os israelitas esperavam o messias, no entanto não conseguiram compreender o alcance da promessa feita a eles. Emanuel, o Deus conosco, trazia a realidade da divindade habitando com o ser humano. Era algo totalmente novo um Deus que abdica de sua glória e toma a forma humana.

Noção de Deus existe há muito tempo, inclusive atributos corretos podem ser encontrados ao longo de todas as escrituras judaicas, no entanto, quem mudou a história foi Jesus Cristo, pois até hoje dividimos as eras em antes e depois de sua vinda. Cristo é o centro de nossa teologia. Nosso salvador, autor e consumador de nossa fé, único digno de ser adorado em tudo e por todos. O que difere um salvo de um não salvo é confiar nesse homem-Deus chamado Jesus Cristo, crer na existência de Deus e fazer boas obras não é suficiente. A obra de Cristo é a chave para a compreensão da graça que Deus nos deu e que nos leva para o céu.

Em Cristo

Silvio Barbosa


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O Deus que ajuda

"Ai dos que descem ao Egito em busca de ajuda, que contam com cavalos. Eles confiam na multidão dos seus carros e na grande força dos seus cavaleiros, mas não olham para o Santo de Israel, nem buscam a ajuda que vem do Senhor!" Is 31:1



O livro de Isaías tem momentos belíssimos nos quais Deus se dirige a seu povo como pai amoroso, disciplinando seu filho amado. É possível ver perplexidade em Deus, quando seu povo toma rumos e caminhos que o levarão à ruína. Nessa época conturbada em Israel, muitos desciam ao Egito em busca de segurança, abrindo mão de sua aliança com Deus.



Confiar em Deus é complicado. Não vemos o autor de nossa salvação, nosso defensor. A fé é a certeza do que não vemos e muitas vezes Deus realmente parece distante. Um escuridão toma conta de nossas almas, minando nossa esperança no socorro do Senhor. Descer ao Egito é símbolo de colocar nossas confiança em outro lugar que não Deus.


Muitos criticam aqueles que buscam Deus na necessidade. Consideram cristãos de segunda classe. O fato é que somos todos necessitados perante Deus. "Todos pecaram e carecem (tem necessidade) da glória de Deus". Todos somos incapazes de oferecer qualquer coisa a Deus. "Se eu tivesse fome, não to diria pois meu é o mundo e a sua plenitude." Sl 50:12. Acreditar que Deus precisa de nós é uma das mais sutis formas de arrogância espiritual que tanto desagradam a Deus.

Ao olhar a Bíblia, percebemos que o agradar a Deus está sempre baseado em confiar no seu cuidado e proteção. Israel não teve dificuldades em construir o tabernáculo, mas sem Moisés caiu na idolatria por não crer no cuidado de Deus. Não se engane, as obras cristãs são consequência de um relacionamento de amor e confiança com o nosso Deus. Não são a causa de nossa aceitação, pois assim a salvação seria por obras.

Aquele que busca ajuda em Deus será o primeiro a agradecer quando a resposta vier. Deus será louvado por seus próprios atos. Se alguém esquecer de dar crédito a Deus, não cabe a nós julgar. A nós cabe a missão de anunciar um Deus digno de toda nossa confiança e sempre disposto a nos ajudar.

Em Cristo

Silvio Barbosa




quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Lugares de Descanso

"Até que se derrame sobre nós o espírito lá do alto; então o deserto se tornará em campo fértil, e o campo fértil será reputado por um bosque. E o juízo habitará no deserto, e a justiça morará no campo fértil. E o efeito da justiça será paz, e a operação da justiça, repouso e segurança para sempre. E o meu povo habitará em morada de paz, e em moradas bem seguras, e em lugares quietos de descanso." Is 32:15-18

O ser humano luta diariamente contra o cansaço. A vida é trabalhosa, os dias difíceis, os dilemas e problemas drenam nossa força constantemente. Biblicamente isto é reflexo da primeira desobediência, pela qual recebemos como punição o cansaço para o sustento da vida.

Adão vivia em um mundo no qual existia trabalho: ele deveria zelar pelo jardim. No entanto, não existia cansaço, dor, angústia. Ele pôs tudo isso a perder, mas um Deus amoroso não poderia deixar esta história ter um fim tão trágico. A Bíblia é o livro de um Deus que constantemente vai em direção aos seus escolhidos, tentando uma reaproximação, uma reconciliação. É Deus quem toma a iniciativa de nos trazer pra perto.

Maravilhoso é saber que todo o cansaço terá um fim e que estaremos com Ele em alegria perfeita por toda a eternidade.

Em Cristo

Silvio Barbosa


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O Deus que Endireita Caminhos

"Tu guardarás em perfeita paz aquele cujo propósito está firme, porque em ti confia. Confiem para sempre no Senhor, pois o Senhor, somente o Senhor, é a Rocha eterna. Ele humilha os que habitam nas alturas, rebaixa e arrasa a cidade altiva, e a lança ao pó. Pés as pisoteiam, os pés dos necessitados, os passos dos pobres. A vereda do justo é plana; tu, que és reto, torna suave o caminho do justo". Isaías 26:3-7

Isaías vivia em uma época conturbada na história de seu povo. Deus havia trazido ou permitido a catástrofe em virtudes dos grandes crimes cometidos em Israel. O Senhor anunciava julgamento às nações e a vida era dura para todos. Em meio a esse cenário caótico Isaías se vira para o povo e começa a profetizar de modo diferente. Prometia caminhos planos àqueles que confiavam em Deus.

Apenas um profeta muito seguro do seu chamado seria capaz de decretar paz em meio a guerra, somente um profeta guiado pelo Espírito Santo conseguiria andar contra a corrente e acreditar em um Deus que consegue contemplar o justo e vir em seu auxílio. É fato que existem dificuldades para todos, mas é notável como Deus interfere positivamente na vida daqueles que nele confiam.

Não vamos entrar em polêmicas sobre Teologia da Prosperidade, mas é fato que a Teologia do Sofrimento Humano, ou da Pobreza extrema não se aplicam a visão que a Bíblia nos oferece. Biblicamente vivemos sob perseguição de Satanás e suas hostes somados a seu sistema mundial, mas também sob o cuidado de um Deus que tem prazer, como pai amoroso, de dar boas coisas a seus filhos.

É muito fácil desanimar quando chegam os momentos difíceis  mas aqueles que firmam seus passos na Rocha Eterna, encontram vigor e força para enfrentarem as lutas e saírem vitoriosos em todas as circunstâncias.



Em Cristo

Silvio Barbosa

P.S.: Acessem o novo site da Grace (minha esposa) www.maezissima.com.br e curtam a página do face: https://www.facebook.com/maezissima Obrigado a todos.