quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Centralidade de Cristo

É fato atestado por pesquisas que a maioria das pessoas crê em Deus ou em deuses. Tiago em sua carta chega a afirmar que até mesmo o diabo crê em Deus e “treme”.  Biblicamente o simples fato de acreditar em uma divindade e tentar agradá-la não nos torna aceitáveis, ou em outras palavras, não nos proporciona uma vaga no céu.

A Cristologia (ou estudo sobre Cristo) nos ajuda a realmente compreender a fé dos primeiros cristãos e por que realmente estavam em oposição à situação religiosa vigente. Oscar Culmann, em sua Cristologia do Novo Testamento, pontua que historiadores e teólogos:

“Começam por expor suas ideias sobre Deus, e não mencionam, a não ser em segundo lugar, suas convicções cristológicas. (...) É tentador adotar esta ordem uma vez que ela é seguida pelas posteriores confissões de fé. Em consequência disso, se crê que a Igreja Primitiva se interessou em primeiro lugar por Deus, e só em segundo lugar por Cristo. Na realidade não é assim. A extensão desigual dos dois artigos, por si só, bastaria para pôr o fato em evidência. Por outro lado, pode-se demonstrar que a ordem trinitária das confissões de fé posteriores: Deus, Cristo, Espírito Santo era desconhecida para as fórmulas mais antigas que resumem a fé cristã. Estas apresentam uma tendência exclusivamente cristológica.”

Pedro em Atos afirma que não existe nenhum outro nome capaz de salvar. Em uma controvérsia com judaizantes, Paulo mostra que deve anunciar Jesus, pois Moisés já era pregado nas sinagogas e mesmo em sua conversão quem se manifesta a ele é o Cristo perseguido. Os israelitas esperavam o messias, no entanto não conseguiram compreender o alcance da promessa feita a eles. Emanuel, o Deus conosco, trazia a realidade da divindade habitando com o ser humano. Era algo totalmente novo um Deus que abdica de sua glória e toma a forma humana.

Noção de Deus existe há muito tempo, inclusive atributos corretos podem ser encontrados ao longo de todas as escrituras judaicas, no entanto, quem mudou a história foi Jesus Cristo, pois até hoje dividimos as eras em antes e depois de sua vinda. Cristo é o centro de nossa teologia. Nosso salvador, autor e consumador de nossa fé, único digno de ser adorado em tudo e por todos. O que difere um salvo de um não salvo é confiar nesse homem-Deus chamado Jesus Cristo, crer na existência de Deus e fazer boas obras não é suficiente. A obra de Cristo é a chave para a compreensão da graça que Deus nos deu e que nos leva para o céu.

Em Cristo

Silvio Barbosa


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